TEMAA Morte
“porque a morte é a consequência mais democrática na vida de todos” NADA ANGÚSTIA FIM HOMEM-MÁQUINA FRANKENSTEIN MEMÓRIA UTOPIA ESQUECIMENTO ESCURIDÃO NOITE HOLOCAUSTO NEGATIVIDADE A discussão em torno da morte e do fim da existência humana, da repressão e do medo de morrer, sempre fez parte do seio do pensamento artístico. Porém, dado o aparecimento dos mass media e, mais recentemente, dos media digitais, no século XXI ganhou novas dimensões e novos contornos, levando, muitas das vezes, àquilo que Hanna Arendt teorizou como ‘banalidade do mal’. Todos os dias somos confrontados pelos media com imagens de guerras, revoluções, ataques terroristas e conflitos sangrentos. Tornou-se um hábito assistirmos, já quase indiferentes, a imagens de cadáveres, pessoas decapitadas, amputadas, etc. No entanto, o pensamento sobre a morte é ainda um dos temas sobre o qual muitos artistas continuam a trabalhar - quer no cinema, quer na fotografia e mesmo na internet, onde o debate sobre o tema é infinito. A escolha desta temática não se prende com qualquer espécie de voyeurismo mas sim em discutir, de forma séria, as estratégias para lidar com o tema num universo juvenil. Sabemos bem que os jovens gostam de colocar o dedo na ferida e são a cultura jovem e as artes quem sobretudo questiona, de forma consequente, a morte. Numa sociedade em que já é possível encenar ou ficcionar suicídios e homicídios, em que é possível criar um site do próprio luto e na qual a caveira, como objecto de adorno, já perdeu há muito o seu efeito assustador, pretendemos discutir a imagem da morte e o papel dos novos media na nossa conduta relativamente a essa. |